ADOLESCÊNCIA - A GRANDE TRANSIÇÃO - Livro

SINOPSE: Uma obra para pais e filhos, professores e alunos, abordando temas do cotidiano de jovens e adolescentes.
Relacionamentos, sexo, vícios, e demais assuntos de interesse desse público, levantando várias discussões que podem tornar o ambiente escolar e familiar numa agradável oficina de aprendizado. Um livro que dá o recado sem constranger. Todos os jovens e adolescentes quererão ler esta obra.

R$ 25,00 ( frete GRÁTIS para qualquer lugar do Brasil) - ENTREGA: 5 DIAS ÚTEIS.





Adolescência: A Grande Transição

Luiz Cezar Carneiro Rodrigues

Revisão: Triciana Farias Pinheiro
Ilustração: Thaddeus Rodrigues
1ª Edição

Diagramação: Paulo Jucelino
Revisão: Triciana Farias

Capa: Thiago Carneiro e Thaddeus Rodrigues





Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - (CIP)



















Agradecimentos

Aos Professores colaboradores:
Ana Maria Teixeira Rodrigues — Educadora Física.
Carmelina Mota — Psicopedagoga;
Eduardo da Silva Pereira — Educador Físico, Especialista em Nutrição;
Eliade de Fátima Roberto — Pedagoga, Especialista em Libras;
Márcio José Félix Nogueira — Historiador, Mestre em Teologia;
Mônica de Souza Mesquita Bezerra — Pedagoga, Especialista em Educação Inclusiva;
Ao amigo Beto Alves, por me sugerir a composição deste trabalho;

A todos, muito obrigado.












Para Ana, Lucas e Luana.











































"Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um castigo."
J. Petit Senn
Palavras do Autor

A qualidade da educação, as influências do meio, as tecnologias de comunicação, e outros fatores, incluindo a Internet, tendem a formar uma nova geração totalmente conectada com o mundo, e de certa forma atualizada com os processos que geram mudanças significativas no meio ambiente, na sociedade e na forma de pensar. A Internet, com seus sites de relacionamentos, redes sociais, e-mails, webcams e tantas outras inovações que esse formato acrescentou à sociedade moderna, ampliou imensamente as formas de interação entre as pessoas, encurtando distâncias e criando uma nova forma de contato: o virtual. Entre os usos e abusos, as vantagens e desvantagens, perdas e ganhos proporcionados por essa nova e fantástica tecnologia, encontramos ainda os mesmos problemas de outros tempos, se não ainda mais complicados em razão dessas facilidades encontradas hoje. Muitos jovens e adultos se enclausuraram em suas salas, quartos ou escritórios, dividindo suas experiências reais ou fictícias com um mundo que desconfia de tudo e de todos, já que do outro lado da tela está alguém que, se vemos, nem sempre podemos confiar. A realidade e a ficção se confundem, exaltando a fantasia de alguns, os sonhos de outros e, claro, o prejuízo de muitos. Tal realidade se evidencia não apenas no aspecto emocional, mas também no financeiro e, em casos extremos, há perda da privacidade ou até mesmo da própria vida.
Sobre orientação sexual, relevante tema para o nosso público-alvo, ouvimos o pai de uma adolescente estudante de escola particular em Fortaleza que, certa vez, ajudou sua filha de 14 anos a responder uma questão sobre sexualidade, em que, após a leitura de um texto, deveria ser respondida a seguinte questão: “Você está numa balada e ninguém da turma levou preservativo, o que fazer?”. O pai ficou chocado e revoltado, pois entendeu (e com toda razão) que o texto e a pergunta eram tendenciosos e faziam apologia ao sexo livre. Convenhamos que tal pergunta é um estímulo à prática do sexo em qualquer ocasião e até mesmo em qualquer idade, desde que se use camisinha. Não é dessa forma que pensamos, muito menos é o nosso propósito defender desvios de conduta e “coisas da moda”, como se isso não trouxesse graves consequências para o futuro. Absolutamente. Queremos que este trabalho dê suporte seguro aos jovens quanto a sua atitude diante dos relacionamentos, da sexualidade e da sua vida social, mas com a seriedade que o tema exige, respeitando os princípios morais e éticos de uma sociedade que se deseja agora, e não apenas para o futuro.
Esta obra, por vezes, usa como referência a posição do sexo masculino em relação ao feminino, o que não implica dizer que seja dirigida prioritariamente a Eles. A pesquisa foi feita com ambos os sexos, e o comportamento que desejamos que os meninos sigam foi baseado também nas expectativas das mulheres. Assim sendo, Eles e Elas terão oportunidade de aprender com os exemplos aqui citados, pois foram elaborados a partir de depoimentos de pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, da adolescência à terceira idade. Aborda assuntos que, pela sua complexidade, constrangeriam pais e até alguns professores, por tocar em certos pontos da intimidade dos jovens e adolescentes sobre os quais eles se reservam de falar, especialmente com os adultos. Por isso mesmo, é uma obra que recomendamos para escolas e professores os quais, uma vez a recomendando aos seus alunos, estarão dizendo a eles aquilo que seus pais ou eles próprios (os professores) gostariam de dizer, além de proporcionar abertura a amplos debates sobre temas relevantes na atualidade. Nesse contexto, esta obra é de grande valor pedagógico , facilitando a interação entre os públicos a que ela se destina, concordando com um dos maiores especialistas em pedagogia do mundo ao afirmar que “[...] o essencial das relações entre educador e educando, entre autoridade e liberdade, entre pais e mães, filhos e filhas, é a reinvenção do ser humano no aprendizado de sua autonomia” (FREIRE, 2004, p. 94) . Eis, portanto, a nossa proposta: autonomia. Orientar os jovens a encararem a dura realidade do mundo, no qual serão testados permanentemente, tanto em suas habilidades quanto na sua ética, seus princípios morais, e na forma como se relacionam com o mundo.

Cezar Carneiro.




















SUMÁRIO
A juventude de ontem e de hoje
PRIMEIRA PARTE: RELACIONAMENTOS
1. Como vencer a timidez?
2. Cheguei junto, e agora?
3. Ascendência moral, o que é isso?
4. Ser um cara inteligente é um requisito para as mulheres?
5. Sucesso e fracasso. Ter dinheiro faz a diferença?
6. As mulheres têm preferências por determinado perfil de homem?
7. Como saber se rola o clima?
8. O que as mulheres esperam de um provável companheiro?
9. Na falta de opção, qualquer uma serve?
10. Beijo: o que é preciso saber?
11. Apelido carinhoso é uma opção?
12. A família dela é um obstáculo?
13. As mulheres observam os homens mesmo sem a intenção de
conquistá-los?
14. Existem mulheres oferecidas e interesseiras?
15. Ciúmes, como lidar com ele?
16. As incompatibilidades podem ser superadas?
17. A aparência conta ponto a favor?
18. Como se portar diante da família dela?
19. E, depois que conquistei a garota, posso relaxar?
20. A discrição é fundamental?

SEGUNDA PARTE: SEXO
1. Fantasias sexuais na adolescência
2. Masturbação
3. Quando é hora de falar de sexo com minha namorada?
4. É a primeira vez: o que fazer?
5. A primeira vez dói?
6. Ejaculação precoce é um problema?
7. Polução noturna. O que é isso?
8. Gravidez precoce e DSTs. Como evitá-las?
9. Tamanho é documento?
10. O que é esse tal de “Ponto G”?
11. Namoro e sexo virtual

TERCEIRA PARTE: SITUAÇÕES DIVERSAS
1. E se eu me apaixonar pela minha melhor amiga?
2. Como lidar com o assédio homossexual?
4. Levei um fora: e agora?
5. Odores. Isso é um problema?
6. Mau-hálito atrapalha?

QUARTA PARTE: OS VÍCIOS, AS DROGAS E A VIOLÊNCIA
1. O álcool
2. As drogas
3. A Internet vicia?
4. O perigo da adrenalina
5. Bullyng: o que é, e como combatê-lo?

















A juventude de ontem e de hoje

Reza a lenda, que os índios Cherokees da América do Norte, submetiam seus filhos a um ritual de passagem que consistia no seguinte:

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem vir picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem. Finalmente... Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo. (AUTOR DESCONHECIDO)

Se observarmos os jovens da atualidade, tais quais os jovens Cherokees de outrora, os medos e dúvidas persistem a atormentá-los durante a difícil “passagem”. Entendamos, porém, que na lenda Cherokee o ritual de passagem durava apenas uma noite, durante a qual, o jovem enfrentava os seus piores medos. Na nossa cultura, entretanto, a passagem dura de fato alguns anos. Ela se estende desde os primeiros dias da puberdade até por volta dos 18 anos, quando finalmente o jovem toma consciência de sua responsabilidade perante a família e a sociedade. Tal qual o jovem Cherokee da lenda, o vento da incerteza soprará balançando suas convicções, as feras, insetos e animais personhentos aqui entendidos como as ameaças do meio, como os vícios, as drogas e os desregramentos de toda sorte lhe baterão à porta. Naturalmente, o medo o atormentará. Alguns “humanos” também poderão ferí-lo em algumas situações, especialmente nos relacionamentos necessarios à sua interação com as pessoas e o mundo. Contudo, a grande lição dessa bela fábula indígena, é a de que o pai estava sempre de vigília, zelando pela segurança do filho, assim como nos dias atuais, os pais suportam pacientemente todo esse periodo de turbulência que os jovens enfrentam, gerando-lhes imensos desgostos por vezes. Passado o necessário “ritual de passagem”, quando finalmente os jovens se dão conta de que podem descer a montanha como adultos, percebem que todas as tribulações experimentadas foram uma espécie de teste de resistência que os fortaleceram, tornando-os maduros e aptos a encararem a fase seguinte: a adulta. E que seus pais estiveram lá, sempre, mesmo que algumas vezes não fossem devidamente reconhecidos.
Os garotos dos dias atuais, apesar da imensa mudança de mentalidade alcançada pelo povo brasileiro nas últimas décadas, estão ainda submetidos a uma cultura com resquícios do machismo que, por séculos, imprimiu-lhes uma visão equivocada dos papéis de ambos os sexos na sociedade. As meninas, prematuramente se expõem para atender à sede cada vez maior de consumo de produtos anunciados nas mídias, tornando-se, algumas vezes, uma espécie de mercadoria de consumo, disputada por ávidos consumidores (caçadores), como outrora se fazia, nos tempos da vida tribal. Não defendemos a ideia da mulher-objeto disponível àqueles que possam pagar. Queremos, pelo contrário, incutir valores aos nossos jovens. Pretendemos lhes mostrar que a mudança do pensamento coletivo, no que se refere ao sexo e às questões relevantes aos jovens e adolescentes e as facilidades proporcionadas pelas tecnologias modernas, não pode distorcer seu comportamento, levando-os a práticas perniciosas que comprometam de alguma forma seu futuro.
A geração dos anos de 1990 e 2000 sofreu grande influência do meio. A sociedade é, na verdade, o reflexo das relações familiares, e infelizmente esta sofreu (e sofre) grandes perdas diante dos novos rumos tomados a partir de fins da década de 1980. O excesso de permissividade, aliado ao modismo do “proibido proibir”, criado pelos estudantes franceses ainda em fins da década de 1960, repercute negativamente ainda hoje no seio da cultura ocidental. O resultado é uma geração descompromissada e vitimada pelo excesso de liberdade e que acredita ser vítima de tudo e de todos, menos de si mesmos e de sua própria incapacidade. Temos agora uma juventude que valoriza o ter, em detrimento do ser, e o resultado é que vemos o total desprezo pela disciplina, pelo respeito, pela honradez, pelas boas práticas, pela vida em suma. Isso tem relação direta na forma como os jovens encaram o mundo e sua imensa diversidade, ao que chamamos de visão de mundo .
Sobre as relações interpessoais, por exemplo, criou-se um novo conceito para o romance. O que antes era uma expectativa de algo duradouro, em que se incluíam projetos e perspectivas de futuro, passou a significar algo despojado de compromisso. Termos como “curtir” e “ficar” substituíram os antigos “paquerar” e “namorar”. Mas não foi apenas a nomenclatura que mudou. O comportamento também mudou radicalmente. A mídia televisiva vulgarizou as relações amorosas numa programação isenta de censura, na qual pode tudo. Os princípios familiares acabaram sofrendo tremendo impacto, e acabou por forçar uma adaptação aos novos valores, se é que assim podemos chamá-los. Profissionais do comportamento humano trataram de se manifestar, alguns a favor, outros contra a nova forma de conduta vendida como mercadoria pelas telinhas. Quando se acreditava que não poderia piorar, veio o advento da Internet. A cultura, então, foi abalada de verdade. Arte e lixo convivem agora no mesmo ambiente, e o modismo voltou com força total. O que antes dependia dos ciclos de novelas de horário nobre, em que certos jargões (modos de falar), formas de vestir e adereços diversos permaneciam, às vezes, por seis meses, agora se tornaram inconsistentes. As tribos (grupos cujos membros têm as mesmas afinidades) se multiplicaram às dezenas, quiçá centenas, cada uma com sua nomenclatura e usos próprios. Para cada perfil, uma tribo. Essas tribos se diferenciam pela linguagem, pela forma de se vestir, pelos acessórios que usam, pelo gosto musical etc. Os pais, tentam se adaptar mas parece ser demais para eles. A maioria se tornou apenas tolerante ou intolerante a todo esse processo de repentinas e sucessivas mudanças, gerando, em alguns casos, uma ruptura no convívio familiar.
Mas sem pretendermos abordar assuntos que não dominamos cientificamente, e nem seria o objetivo deste trabalho, passemos ao que realmente interessa aos leitores. No entanto, para começarmos as muitas indagações sobre temas relevantes ao cotidiano de jovens e adolescentes, importa que se reflita sobre uma questão que envolve relacionamentos, e o faremos em seguida nos dirigindo diretamente a eles.
O Romance está ultrapassado?
Eis a reflexão que proponho para começar. Para as gerações dos anos 70 e 80, ao analisar o comportamento da juventude deste novo século e milênio, talvez. Contudo, da maneira deles (dos jovens dos dias atuais) o romance continua. Apenas a linguagem e a forma parecem ter sofrido alguma mudança. De um presente como flores, CDs (ou LPs para os jovens das décadas de 70 e 80), passaram-se aos Ipods, MP4, cartões virtuais e downloads (de músicas e/ou vídeos) e toda a parafernália disponível para áudio e vídeo na tecnologia atual. Das antigas cartas de papel via correio e telefonemas com fichas nos orelhões, passaram-se aos e-mails e torpedos via Internet e/ou celular. Porém, uma coisa ainda não mudou: no passado quanto no presente, os jovens ficam na expectativa diante da pessoa que lhes desperta interesse. Consultam e-mails e caixas de mensagens dos celulares com tanta insistência que demonstra o grau de expectativa que domina suas mentes. E aí está como sempre, o romance, a atração, o interesse e, claro, a atenção que determinadas pessoas fazem merecer, especialmente por parte daqueles que se candidatam a conquistá-las.
Atualmente, as ferramentas de comunicação têm duas faces bem distintas: as possibilidades quase infinitas de interação entre as pessoas e, a retração de muitos à conveniente e confortável forma como alguns as exploram, mantendo-se sempre à distância, com intimidades que não ousam ultrapassar as barreiras do mundo virtual. Abordando o tema “solidões interativas”, em seu interessante livro Geografia Afetiva (2011), o jornalista e escritor cearense Renato Barros de Castro assim expõe seu pensamento:

Muitas vezes, a internet dá aos seus usuários a impressão de uma intimidade exagerada com as pessoas, e que pode ser fictícia. O contato com o virtual pode ser escolhido em detrimento da própria realidade. Nas grandes cidades, a solidão de hoje se torna envolta de névoa: acreditar não estar sozinho pode ser, de certa forma, uma ilusão necessária e, ao mesmo tempo, indispensável conforto (p. 99)

Uma vez demonstrado que os jovens, independente da forma como manifestam suas emoções, usam ainda de toda a atmosfera que envolve a paixão, como o zelo específico por determinada pessoa, evidentemente, usando dos meios que dispõem atualmente, importa-nos compreender a razão de tanta retração de alguns. Talvez a timidez, ou a falta de adesão ao novo sistema, ou até mesmo a falta de acesso às tecnologias e coisas da moda no presente momento, leve alguns jovens a se acharem incapazes de interagir com o sexo oposto. Assim, tentaremos responder a alguns questionamentos; a maioria deles rondava a mente dos jovens das gerações anteriores com a mesma intensidade. Contudo, contextualizaremos as questões adaptando as respostas ao momento presente.
Feitas essas reflexões sobre o pensamento da juventude das últimas décadas, abordaremos as primeiras questões que geram suas expectativas hoje.















PRIMEIRA PARTE: RELACIONAMENTOS


Aristóteles afirmava há mais de 20 séculos que, “o homem é um ser social”, porém, o ato de socializar-se implica a relação direta com outras pessoas, e isso acontece desde o nascimento e permanece como um desafio por toda a vida. Relacionar-se com o mundo e com as pessoas exige certas habilidades que só com a experiência se poderá adquiri-las. Assim, tivemos o cuidado de colocar já no início desta obra, questões relacionadas a esse essencial aspecto da vida humana. Veremos algumas situações em que os jovens terão de testar suas habilidades, e dependendo de como se saiam, poderão conquistar valores e experiências que somadas à sua vida, formará bagagem capaz de lhes impulsionar rumo ao futuro com segurança.















1. Como vencer a timidez?

Todo jovem, nas primeiras tentativas de se relacionar com o sexo oposto, reluta em se aproximar da pessoa que lhe desperta interesse simplesmente porque lhe falta o principal: argumento. O que falar para iniciar um diálogo? Alguns ensaiam, bolam textos e decoram; outros são estimulados por colegas e amigos para “chegar junto”. Mas, na hora H, enrolam-se e acabam improvisando. É inevitável. O que se diz, ou deixa de dizer, pode ser determinante para o sucesso ou fracasso do projeto. Via de regra, belas palavras até podem impressionar, mas soarão falsas se você não as manejar com naturalidade. Melhor ser você mesmo. Se ainda não conhece a garota e nunca falou com ela antes, apresente-se em primeiro lugar. Diga seu nome, e que a achou muito atraente. Aproveite para elogiar algo nela. Mas seja sutil. Dotes físicos, nessa hora, só do pescoço para cima. Ao resto do corpo, no máximo elogie a roupa, e se ela estiver muito elegante. Se a roupa for do tipo vulgar, melhor nem comentar. Geralmente, as mulheres adoram elogios sobre o cabelo, olhos, boca. Nariz, nem tanto — muitas se queixam dessa parte de sua anatomia e poderá parecer que você está fazendo gozação. Na verdade, esse pormenor parece afetar ambos os sexos. Raramente alguém admite ter um belo nariz. Já quanto aos dotes físicos (do pescoço para baixo), elogiá-los em uma mulher no primeiro contato não é recomendado, pois ela se sentirá no dever de repudiá-lo apenas para afirmar seu próprio valor. Pelo menos assim os pais a instruem frequentemente. Todo pai conserva certo zelo com as filhas. Logo que começam a se formar fisicamente, pais e mães a alertam para o assédio dos meninos e, claro, advertem-nas sobre certas “liberdades” que devem evitar. A razão é óbvia: evitar a atividade sexual precoce que quase sempre leva a uma gravidez indesejada ou problemas com os estudos. E os pais têm toda razão. São motivos que só se entende quando se é pai. Essa experiência chegará para quase todos, acredite.
Mas voltemos ao ponto. Você se apresentou; fez um elogio ou dois (considerando as observações anteriormente citadas). E agora? É aguardar a reação dela. Se ela disser “obrigada”, ou simplesmente “você acha?”, já será um bom sinal. Pelo menos correspondeu ao papo. Mude, então, o rumo da conversa e trate de parecer alguém simpático e, de preferência, eclético . As mulheres de todas as idades geralmente admiram homens que dominam muitos assuntos, mesmo que elas mesmas não os dominem. Elas geralmente gostam de competir com as amigas, inclusive sobre a qualidade de seus parceiros, logo, ter uma habilidade especial voltada para a arte, como a música, o desenho, a pintura, a literatura etc, fará muita diferença. Ela pode até aceitar a crítica de uma ou outra amiga quanto aos seus dotes físicos ou sua aparência, mas, se alguém lhe disser que você é um “otário”, já era.
É fato que as mulheres mais atraentes são as que mais recebem cantadas. Das mais baratas e chulas às bem elaboradas. Algumas delas até se divertem com isso, enquanto outras repudiam e ignoram qualquer abordagem desrespeitosa e de cunho erótico . A forma como se aborda a levará, quando de forma educada, a uma reflexão, e talvez pense algo do tipo: “o cara não é bonito, mas, convenhamos, sabe dar uma cantada”. Cantadas chulas do tipo: “qual o telefone do cachorrinho?”, “você acredita em amor à primeira vista?”, “se ser bonita fosse crime, você pegaria prisão perpétua!”, “nossa, eu não sabia que boneca andava!”, “Você vem sempre aqui?” certamente não as impressionará. Explore as coisas simples que as fascinam, jamais usando palavras grosseiras, manjadas, desprovidas de sentido. Quer mesmo impressionar, leve uma rosa (natural, nunca de plástico) e ofereça a ela, falando ou não alguma coisa. Pode parecer brega, mas não há notícia de uma mulher que rejeite rosas, e não importa a idade dela. Você pode até se dar ao luxo de ser simplório dizendo apenas: “uma rosa para uma rosa!” ou algo do gênero e, ainda assim, ela se derreterá toda. As mulheres jamais abrirão mão do emocional, da sensibilidade, do carinho espontâneo. É algo intrínseco no seu próprio ser. Aposte nisso e será bem sucedido.
Importante: se você está a fim de uma garota, nunca apele para a bebida para chegar junto. Falará o que não deve e, ainda por cima, não será levado a sério. Caso seja maior de idade, e não consiga se soltar o suficiente, cedendo à tentação de se “turbinar”, pode ser que apenas um gole alivie a tensão. Ainda assim, esterilize seu hálito. As mulheres geralmente suspeitam de alguém com cheiro de bebida alcoólica.
Vulgaridade: a menos que ela seja do ramo, não arrisque. As mulheres sérias detestam qualquer tipo de menção aos seus dotes físicos no primeiro contato. Elogie seu rosto, seu sorriso, seus dentes alinhados (se for o caso), seu cabelo, sua voz. Menos seu corpo. Se o fizer, ela o verá como apenas mais um caçador de troféus, o tipo que gosta de colecionar mulheres para levar para a cama.

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